Pelo segundo ano consecutivo, a diretoria da ADPESP marcou presença no Fórum Nacional da Inteligência Aplicada para o Combate à Criminalidade (IACC). O evento reuniu profissionais de diferentes setores para um debate qualificado acerca dos desafios e oportunidades na área da segurança pública.
Para o presidente da ADPESP, Gustavo Mesquita Galvão Bueno, é fundamental debater o combate à criminalidade de maneira responsável. “A partir de um debate sério, técnico e científico, o Fórum se torna um espaço para discutir soluções e caminhos para uma segurança pública melhor e mais eficaz. Despido de retóricas e intenções corporativistas, populistas e demagogas, o encontro apresenta as diferentes formas como a inteligência, aliada a recursos tecnológicos, pode colaborar com a investigação criminal”, diz.
Mesquita esclareceu ainda que o crime organizado não é combatido com viaturas caracterizadas, policiais uniformizados e câmeras. “São a inteligência e a investigação criminal que combatem o crime organizado. Com recursos como as investigações de lavagem de dinheiro, a polícia sufoca financeiramente esses grupos”, analisa o presidente da ADPESP. “O policiamento ostensivo é necessário e não pode ser descartado. No entanto, o uso da inteligência em detrimento da violência e da truculência deve prevalecer”, defende.
Ele avalia ainda que eventos como o IACC aproximam a sociedade da Polícia Civil. “Com o Fórum, a responsabilidade social da Polícia Civil fica evidenciada. Lutamos pelo fortalecimento da instituição porque acreditamos que ela é um instrumento de aperfeiçoamento da Segurança Pública”, conta Mesquita.
Tecnologia e inovação
O tesoureiro geral da ADPESP, Rodrigo Lacordia, mediou o painel Inteligência Artificial e investigação da polícia judiciária, que contou com palestra de Jaime Pimentel Júnior, delegado e secretário geral suplente da Associação; de Rogério Cury, advogado criminalista, professor e vice-presidente da Comissão de Processo Penal da OAB-SP; e de Mayra Fernanda Moinhos Evangelista, diretora da Divisão de Inteligência e Planejamento Policial, da Polícia Civil de Sergipe.
O painel Desafios para o Enfrentamento da Corrupção, teve apresentação do diretor suplente de Relações Institucionais da ADPESP e delegado assistente da Delegacia Seccional de Polícia de Guaratinguetá, Francisco Sannini Neto. Também debatendo o tema, estavam os delegados de Polícia Federal, Cleyber Malta Lopes e Jorge Pontes, e, também, o presidente da ADPF, Edvandir Felix de Paiva.
“Além de apresentar as tecnologias mais modernas do Brasil e do mundo, o IACC reúne um público decisor e altamente qualificado”, avalia Rafael Velasquez, diretor regional da TechBiz Forense Digital. De acordo com ele, o Fórum é um dos principais eventos do mercado de tecnologia e segurança no país.
Lei Orgânica e Constituição Federal
No segundo dia de evento, o secretário Nacional de Segurança Pública, general Guilherme Cals Theophilo, palestrou no painel Lei Orgânica e Constituição Federal. O militar traçou um panorama da atual Segurança Pública nacional e abordou assuntos referentes à Lei orgânica nacional das polícias judiciárias e a urgência da atualização dos diplomas legais.
No mesmo painel, o governador do estado do Rio apresentou os últimos índices e ações da Segurança Pública no estado fluminense. Wilson Witzel falou sobre a criação do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, com ampliação da estrutura existente até então e mencionou ainda o reforço no efetivo policial e a autonomia das corporações (Polícia Civil e Polícia Militar).
Mulheres na Segurança
O segundo dia do Fórum IACC contou ainda com o lançamento do Movimento Mulheres na Segurança. De acordo com a diretora suplente de Comunicação Social da ADPESP, Jacqueline Valadares da Silva, o projeto nasceu em função do número pouco expressivo de mulheres na polícia. “Convocar mais mulheres para a carreira e ajudar as que já estão na instituição a galgar patamares de chefia – para trazer políticas de segurança direcionadas ao público feminino – estão entre os objetivos do movimento”, conta Jaqueline.
As ações do Mulheres na Segurança devem se iniciar em 2020, com palestras em escolas públicas e universidades. O projeto, que também visa a união com sociedade civil, ONGs e instituições privadas, é aberto a outras mulheres da Segurança Pública.
Realizado no Centro de Convenções Frei Caneca entre os dias 26 e 27 de novembro, o Fórum IACC é uma realização da ADPESP, ADPF, SINDPF-SP e SINDPESP, com patrocínio da TechBiz.
Veja abaixo as fotos dos dois dias de evento
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