Realização

Apoio

Sobre o curso

A Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (ADPESP) e o Observatório dos Crimes Cibernéticos (OCC) realizam o curso Introdutório em Crimes Cibernéticos (ICC).

O propósito do curso é tratar de maneira introdutória o contexto em que se dão os crimes cibernéticos, nivelando o conhecimento acerca de ações básicas no combate à esse tipo de crime e ampliando a rede de profissionais capacitados no assunto.

As entidades esperam, assim, disseminar e desenvolver capacidades específicas juntos às forças de segurança pública no combate ao crime cibernético, integridade de dados e preservação de provas, mapeamento de indícios de crimes e melhoria na formatação de processo junto ao judiciário.

Público-alvo

O curso ICC é voltado às autoridades do poder público, em especial delegados de polícia. Ainda em versão piloto, a ADPESP e o OCC pretendem, futuramente, evoluir a iniciativa para um treinamento permanente para novos peritos em crimes cibernéticos.

Programação

A primeira edição do curso ICC será realizada em 13 de agosto, das 8h às 18h, no auditório da ADPESP

  • 8h às 8h45 Boas-vindas e café da manhã
  • 9h Abertura ADPESP e OCC
  • 9h15 Palestra O setor privado Aristides Moura, advogado Microsoft
  • 10h Tema 1 / Investigação Criminal Tecnológica Higor Jorge, delegado PC-SP
  • 11h Tema 2 / Exploração Sexual Infantil Alessandro Barreto, delegado PC-PI
  • 12h Tema 3 / Inteligência de sinais Luzana Fumaux, investigadora de Polícia
  • 13h às 14h Almoço na sede da ADPESP
  • 14h Tema 4 / Preservação de dados Richard Encinas, promotor MP-SP
  • 15h Tema 5 / Pirataria Wagner Carrasco, delegado PC-SP
  • 16h Tema 6 / Criptoativos e criptomoedas Vytautas Zumas, delegado PC-GO
  • 17h30 às 18h Encerramento

Palestrantes

Alesandro Barreto
Delegado de Polícia Civil do Estado do Piauí. Graduado pela Universidade Regional do Cariri (1998) e pós-graduado em Direito pela Universidade Federal do Piauí; possui mestrado em Seguridad de la Información y Continuidad de Negocio (Ciberseguridad) – Universidad Catolica de Murcia – Espanha. Coautor dos livros: “Inteligência e Investigação Criminal em Fontes Abertas”, “Manual de Investigação Cibernética”, “Deep Web” (Brasport), “Vingança Digital” (Mallet) e “Cibercrimes e os reflexos no direito brasileiro” (Juspodivm).

Diretor da Unidade do Subsistema de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Piauí de 2005 a 2016. Integrou o Grupo de Trabalho revisor da Doutrina Nacional de Inteligência de Segurança Pública. Professor de Cursos de Inteligência Cibernética pela SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Pública) e SEOPI (Secretaria de Operações Integradas). Professor na Academia de Polícia Civil do Piauí das disciplinas Inteligência de Segurança Pública e Investigação Policial e da Escola da Magistratura. Trabalhou na Secretaria Extraordinária para Segurança de Grandes Eventos do Ministério da Justiça (SESGE-MJ) e foi Gestor do NUFA (Núcleo de Fontes Abertas) durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

Entre os anos de 2017/18, foi Coordenador Geral de Contrainteligência da Diretoria de Inteligência e Coordenador-Geral Substituto da Polícia Judiciária e Perícia da Diretoria da Força Nacional de Segurança Pública da Secretaria Nacional de Segurança Pública. Atualmente encontra-se mobilizado na Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública exercendo suas atividades no Laboratório de Operações Cibernéticas.

Ementa

Operações Integradas contra o Abuso e Exploração Sexual Infantojuvenil na Internet. Abordagem de casos de sucesso no enfrentamento aos crimes de abuso e exploração sexual infantil na internet. Durante a palestra serão abordados cases bem-sucedidos na coleta de elementos informativos desta modalidade criminosa, juntamente com as boas práticas desenvolvidas pelas polícias judiciárias estaduais e entidades parceiras.

Luzana Fumaux
Investigadora da Polícia Civil com mais de 10 anos de experiência em Operações de Inteligência, com entregas e atuações expressivas, tais como integrante do primeiro grupo de policiais do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Responsável pela elaboração de Relatórios de Inteligência Financeira (RIF) dirigidos à prevenção de crimes de lavagem de dinheiro dentro das principais Organizações Criminosas do país; analista de Inteligência Cibernética responsável pela coordenação da Operação Luz na Infância 1; integrante da equipe de inteligência cibernética da ABIN, responsável pela segurança da posse presidencial de 2019; integrante da equipe responsável pelo monitoramento cibernético e garantia da segurança dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. Professora da Escola Superior de Polícia Civil do Estado do Paraná, responsável pela pasta de Inteligência de Sinais. Bacharel em Direito, MBA em Governança, Risco e Compliance e pós-graduação em Inteligência Policial, atualmente Investigadora Sênior na LTAHUB, tendo sido responsável pela Co-Coordenação da recente Operação 404.3 (operação de combate a crimes contra a propriedade intelectual na internet).

Ementa

Inteligência de Sinais e as Principais Fontes de Inteligência: os crimes cibernéticos são uma ameaça que tem crescido expressivamente, especialmente com o advento da pandemia COVID-19 que aumentou o número de transações pela internet. Diante disso, é essencial que a força de segurança esteja preparada para lidar com estes fatos, acompanhando a velocidade de inovação dos agentes criminosos. Assim sendo, este seminário busca desenvolver uma compreensão a respeito da atividade de inteligência na prevenção e combate aos crimes cibernéticos, especialmente quanto às fontes de inteligência secundárias e da inteligência de sinais. Serão abordadas as premissas teóricas, além de casos reais para melhor compreensão das técnicas e ferramentas expostas.

Richard Gantus Encinas
Promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo desde 2006, tendo exercido as seguintes funções: secretário-executivo do CyberGaeco desde 2018; secretário-executivo do GAECO- Núcleo da Capital (2016 a 2018); secretário-executivo do GAECO-Núcleo de Piracicaba (2012 a 2014); ex-delegado de Polícia do Estado de Goiás; ex-policial militar do Estado de São Paulo; professor da Escola Superior do Ministério Público, com docência direcionada à investigação cível e criminal.

Ementa

Atividades preventivas para obtenção de provas digitais.

Wagner Carrasco
Delegado de Polícia do Estado de São Paulo, recentemente lotado na Delegacia de Investigações Sobre Crimes Contra a Propriedade Imaterial do DEIC/SP; bacharel em Direito; especialista em Ciências Penais; mestre em Adolescentes em Conflito com a Lei; professor da Academia de Polícia do Estado de São Paulo; coautor de livros jurídicos e sobre investigação policial e palestrante.

Ementa

Pirataria Digital: Dada a difusão da internet e o atual cenário de pandemia, houve um crescimento na prática de Crimes Cibernéticos, dentre eles, o Crime de Violação de Direito Autoral, também conhecido como “Pirataria Digital”. Essa modalidade de delito traz expressivo prejuízo aos cofres públicos, além de violar sobremaneira, os direitos autorais de quem o detém. Daí a importância de as forças de segurança terem um panorama acerca desse acontecimento, preparando-se e conhecendo os meios tecnológicos que são utilizados para essa prática, e ainda, as ferramentas a serem utilizados em trabalhos envolvendo o tema.

Vytautas Zumas
Delegado de Polícia Civil do Estado de Goiás; pós-graduado em Direito Penal e Processual Penal e em Cybersecurity e Ethical Hacking; mestrando em Blockchain and Digital Currency pela Universidade de Nicosia, Chipre. Atuou no Laboratório de Operações Cibernéticas e, também, junto à Coordenação de Combate ao Crime Organizado do Ministério da Justiça e Segurança Pública onde idealizou o Núcleo de Operações com Criptoativos. Atualmente, coordena o Laboratório Tecnológico de Combate à Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil do Estado de Goiás.

Ementa

Criptoativos:

1- Introdução e histórico;
2- Criptoativos como catalisadores de condutas criminosas;
3- Criptoinvestigação e novos rumos da atividade de Polícia Judiciária

Higor Jorge
Delegado de Polícia, professor da Academia de Polícia na Polícia Civil do Estado de São Paulo, membro da Associação Internacional de Informática Forense (Asiif) e da Associação Internacional de Investigação de Crimes de Alta Tecnologia (Htcia), além de professor das seguintes pós-graduações: Escola Brasileira de Direito (Ebradi), Complexo de Ensino Renato Saraiva (Cers), MeuCurso, Escola Superior de Advocacia da OAB-SP (ESA-OAB/SP) e da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra. Autor/coordenador de livros.

Ementa

Investigação Criminal Tecnológica: a Investigação Criminal Tecnológica é o conjunto de recursos e procedimentos, baseados na utilização da tecnologia, que possuem o intuito de proporcionar uma maior eficácia na investigação criminal, principalmente por intermédio da inteligência cibernética, dos equipamentos e softwares específicos que permitem a análise de grande volume de dados, a identificação de vínculos entre alvos e a obtenção de informações impossíveis de serem agregadas de outra forma, da extração de dados de dispositivos eletrônicos, das novas modalidades de afastamento de sigilo e da utilização de fontes abertas.

Temas:

1- Noções iniciais;
2- Conceitos;
3- Recursos Tecnológicos;
4- Novas e velhas modalidades de afastamento de sigilo;
5- Redes sociais, buscadores, serviços online e coleta de evidências em fontes abertas