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Apesar de recomposição, policiais civis de SP continuam com os piores salários do país

O governador de São Paulo João Doria, anunciou hoje, 10, uma recomposição de 20% para os policiais civis do estado. Infelizmente, a recomposição anunciada não cobre nem mesmo a inflação do período 2018-2022, que chegou aos 25,15%.

Em 2018, durante sua campanha, o governador se comprometeu a “colocar os policiais de São Paulo entre os mais bem pagos do país”. Com o reajuste anunciado hoje, os policiais civis paulistas permanecem entre os cinco piores salários de todo o Brasil.

“O que a ADPESP defende é uma valorização da carreira policial que ultrapasse a lógica de um mero reajuste, por maior que seja. Para de fato valorizar e melhorar a situação dos policiais civis no estado de São Paulo é necessário uma reestruturação que aborde os seguintes pilares: reforma do plano de carreira, regulamentação da jornada de trabalho e a mudança para o sistema de subsídio”, destaca Gustavo Mesquita Galvão Bueno, presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo.

A ADPESP tem lutado há muito tempo pela valorização salarial dos policiais civis e por melhores condições de trabalho. “Perdemos diariamente excelentes policiais para outros estados e para outras instituições. Se hoje conseguimos prestar um serviço eficiente para a população é graças à abnegação e sacrifício de cada policial, apesar do governo que temos e não em razão dele”, afirma o presidente da ADPESP, Gustavo Mesquita Galvão Bueno.

Desde 2018, a ADPESP já se reuniu com o governo estadual, com o delegado-geral de Polícia e com o secretário de Segurança Pública, com deputados estaduais e federais e organizou cinco manifestações nas ruas de São Paulo. Além da falta de valorização salarial, outro grande problema é o plano de carreira obsoleto, ultrapassado e anacrônico, que impossibilita a evolução funcional baseada na meritocracia, sem observação de critérios objetivos, expondo a instituição a odiosas ingerências políticas.

O anúncio feito nesta quinta-feira, não contempla uma solução ao problema das jornadas de trabalho exaustivas (sem as devidas contrapartidas remuneratórias), situação causada, principalmente, pelo déficit de 15 mil policiais e falta de adequado planejamento para a instituição. “Lamentamos que o governo tenha perdido a oportunidade de deixar um legado para a atual e as futuras gerações de policiais civis”, destaca Mesquita. O delegado defende ainda que segurança pública deve ser feita com seriedade, planejamento e coragem.

Acompanhe a atuação da ADPESP pela valorização da Polícia Civil

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